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terça-feira, 25 de agosto de 2015

A novela do enxugamento dos ministérios já dura quase seis meses.

Dilma
Reforma ministerial de volta à pauta
No meio de uma crise violenta, que já dura sete meses e 25 dias – ou seja, desde que assumiu no dia 1º de janeiro – o governo vai a público tentar criar uma agenda positiva. Diz que vai ceifar dez ministérios. Só que não sabe ainda quais são. Se a intenção era se desmoralizar mais um pouco, o objetivo foi plenamente alcançado.
E olha que, pelo menos internamente, Dilma já fala há quase seis meses em enxugar o seu ministério.
Em março, antes da primeira grande manifestação pró-impeachment, Dilma Rousseff reuniu um pequeno grupo de ministros e, pela primeira vez, falou da possibilidade de redução de ministérios.
Naquela conversa, a própria Dilma disse que poderia retirar o status de ministério da Pesca (que voltaria para Agricultura), GSI (que iria para Casa Civil), Previdência e Trabalho (que seriam fundidas numa só), Banco Central, Portos e Aeroportos (que se fundiriam com  Transportes) e Secom (que voltaria a ser uma assessoria).
Por gostar de Afif Domingos, Dilma não queria cortar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Quando um ministro citou a fusão dos vários ministérios sociais num só (Direitos Humanos, Mulheres, Igualdade Racial e Secretaria Geral), Dilma respondeu que a ideia seria politicamente inviável.
Admitiu estudar apenas a fusão da Secretaria-Geral da Presidência com a de Direitos Humanos.
A conversa terminou inconclusiva e ficou na gaveta presidencial até o anúncio de ontem. De lá até aqui, quase seis meses depois, pouca coisa andou. Uma delas, foi a crise.
Por Lauro Jardim

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