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terça-feira, 24 de março de 2015

Sindicato dos Servidores do TJ errou no formato.


Túlio Lemos acerta em cheio na sua coluna desta segunda-feira no Jornal de Hoje:
GREVE
A paralisação dos servidores do Poder Judiciário precisa ser vista sob outros ângulos. O Sindicato que representa os servidores vem cometendo alguns erros de estratégia na condução do movimento.
OMISSÃO
Quando o presidente do TJ, Cláudio Santos, falou que existia servidor que ganha R$ 18 mil por mês, o Sindicato não provou o contrário. Até porque o desembargador falou a verdade, mas omitiu os detalhes que levaram ao alto salário do servidor. O que faltou foi o próprio Sindicato mostrar dezenas de contra-cheques com valores bem inferiores. Não fez.
PESSOAL
Ao invés de mostrar os contra-cheques dos servidores com salários abaixo do que foi mencionado pelo presidente do TJ, o Sindicato partiu para o ataque contra a esposa do desembargador, que ficou parecido com ataque pessoal.
MAGISTRADOS
Outro erro estratégico do Sindicato dos servidores do Judiciário foi não ter conquistado o apoio de juízes e da OAB, que representa os advogados. Os magistrados sofrem diretamente as conseqüências de um serviço prestado pela metade ou desestimulado; os advogados também, inclusive com prejuízos financeiros. Em alguns casos, só recebem o pagamento após algum resultado do processo na Justiça.
ADVERSÁRIOS
Além de não contar com o apoio dos juízes, que poderiam pressionar o Tribunal, o Sindicato partiu para um confronto direto com os magistrados e tentou comparar as situações salariais com ataques ao que consideram ‘privilégios’. Resultado: Associação de Magistrados assumiu posição oficial contra o Sindicato.
ESTRATÉGIA
Portanto, é preciso saber que um movimento precisa de estratégias para se consolidar e conquistar resultado positivo. Independente da legitimidade das reivindicações, os erros do Sindicato dos servidores do Judiciário terminaram prejudicando o próprio movimento.
FUTURO
O Sindicato precisa reverter a perdida batalha da comunicação, rever posicionamentos agressivos e buscar apoios na magistratura e na advocacia, reconhecendo erros e justificando legitimidade e necessidade de suas reivindicações. Ainda há tempo para isso. É só ter humildade e partir para ação.

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