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domingo, 18 de janeiro de 2015

Indonésia rebate críticas por execuções e pede respeito às leis locais.


Sob chuva de críticas pela execução de seis réus, o procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo, pediu respeito às leis do país neste domingo em entrevista a imprensa local.
Foram fuzilados por tráfico de drogas o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, uma indonésia, um holandês, dois nigerianos e um vietnamita em duas penitenciárias no centro da ilha de Java. Brasil e Holanda reagiram às execuções com consultas de seus respectivos embaixadores em Jacarta.
- Podemos entender a reação do mundo e dos países que tem cidadãos que foram executados. No entanto, cada país deve respeitar as leis que se aplicam em nosso país – disse Prasetyo ao jornal “The Jakarta Globe”.
O procurador-geral reiterou a defesa da pena capital como medida dissuasória na luta contra o tráfico de drogas e delitos relacionados com o narcotráfico, e avisou que os condenados vão continuar sendo castigados com tal tipo de pena.
- Acho que se compreenderá que a pena de morte está vigente na Indonésia – disse o procurador-geral.
A presidente Dilma Rousseff manifestou sua “consternação” e “indignação” tão logo foi confirmada a execução de Marco Archer. Em telefonema ao presidente Joko Widodo na sexta-feira, Dilma teve seu pedido de clemência negado.
Widodo, considerado por muitos ativistas como uma esperança de mudança no país, optou pela linha dura na luta contra o narcotráfico, e no final de ano anunciou que não afrouxaria a pena para os condenados por estes delitos.
O procurador-geral indonésio anunciou a aceleração da segunda fase de execuções.
- Não deve haver nenhum processo legal para ser concluído. Uma vez o tenhamos completado prepararemos as execuções tão em breve quanto for possível – afirmou Prasetyo ao portal “Jpnn.com”.
O Globo

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