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domingo, 25 de maio de 2014

Eólica cresce e qualificação é desafio.

Adriano AbreuDistância para implantação de eólicas quer evitar impacto visual e empecilho à expansão da cidadeDistância para implantação de eólicas quer evitar impacto visual e empecilho à expansão da cidade

Renata Moura
Cledivânia Pereira

A indústria de energia eólica, vista como alternativa para o Brasil aumentar a oferta e reduzir custos no setor elétrico, vai precisar de 147 mil trabalhadores no país até 2018 e, em meio a esse batalhão, cerca de 35 mil devem ser empregados na cadeia produtiva do  Rio Grande do Norte. As oportunidades previstas para o estado só perdem, em quantidade, para a Bahia, que deve abocanhar 40,5 mil dessas vagas. 

Os números são calculados a partir da média brasileira de empregabilidade no setor, que é de 15 postos de trabalho a cada Megawatt (MW) de capacidade instalada, e representam os empregos que poderão ser criados entre 2014 e 2018, no país, com a capacidade instalada prevista de 9,8 Gigawatts (GW) nesse período. Cerca de 28% desse bolo devem ser implantados na Bahia 
– líder no ranking de investimentos – outros 23% são do RN e o restante será dividido entre estados como Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí. As oportunidades de emprego deverão ser pulverizadas em toda a cadeia produtiva, o que abrange desenvolvedores, fabricantes, comercializadores de energia e empresas de consultoria, observa a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Melo. A entidade disponibilizou os dados base para o cálculo das projeções estaduais.

Impulsos

O vendaval de empregos e investimentos no setor é impulsionado por ventos favoráveis, mercado aquecido e a crise econômica internacional, que contribui para a atração de dinheiro e conhecimento estrangeiros. O resultado é a proliferação de turbinas que transformam vento em energia. E esse movimento também tem gerado uma corrida por qualificação dentro e fora das instituições de ensino. “Há um déficit de profissionais qualificados em muitos setores no Brasil, dentre eles o eólico”, diz Élbia Melo. 

A ABEEólica não tem números que dimensionem as carências de qualificação no mercado brasileiro, mas fontes do setor afirmam que elas existem e têm afetado o ritmo e o custo de implantação de projetos.

“Há necessidade de promover qualificação para atender as necessidades das empresas em suas diversas fases”, observa o diretor do Instituto Senai de Inovação - Energias Renováveis, Wilson da Mata. De olho nessa necessidade, empresas têm investido em programas de formação internos. Instituições de ensino também desenvolvem cursos específicos, mas esbarram em desafios nesse aspecto.

Tribuna do Norte

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