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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Brasil oferece R$ 1,2 bilhão em crédito para Cuba todo ano


Está na Folha de SP
O governo brasileiro está oferecendo cerca de US$ 500 milhões de crédito por ano (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) para Cuba comprar produtos e serviços brasileiros.
Segundo levantamento feito pela Folha, o governo brasileiro desembolsou US$ 152,7 milhões pelo BNDES até setembro de 2013 (foram US$ 220,58 milhões em todo o ano de 2012), mais US$ 221,2 milhões pelo Banco do Brasil.
Disponibilizou ainda uma linha anual de US$ 70 milhões do programa Mais Alimentos Internacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a compra de implementos agrícolas brasileiros.
O foco brasileiro em Cuba se traduz nos números –no ano passado, o país de 11 milhões de habitantes, mesma população do Rio Grande do Sul, foi o terceiro maior destino de financiamentos do BNDES para exportação de bens e serviços brasileiros.
Recebeu mais recursos do que o Peru, país com PIB de US$ 196 bilhões, quase três vezes maior que o cubano.
DINHEIRO PARA CUBA País é o terceiro que mais recebe recursos do BNDES
O BB não forneceu dados para essa comparação.
Para Cuba, o crédito brasileiro é muito bem vindo, ainda mais agora que a Venezuela ameaça reduzir sua ajuda, por causa de seus próprios problemas econômicos.
O projeto brasileiro de maior visibilidade em Cuba é o porto de Mariel, a 45 quilômetros de Havana. Está sendo construído pela Odebrecht, com um investimento de US$ 957 milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo BNDES (liberados ao longo de vários anos).
A primeira fase da construção será inaugurada hoje pela presidente Dilma Rousseff, na companhia de Raúl Castro. Ela chegou ontem ao país.
São mais de 300 as empresas brasileiras que têm negócios em Cuba ou se fixaram na ilha. Grande parte usa recursos do BB ou BNDES. Muitas são fornecedoras do porto.
“Há cinco, seis anos atrás, era muito difícil apresentar um projeto de Cuba no Brasil”, diz Hipólito Gaspar, gerente da Apex (agência brasileira de promoção das exportações) em Cuba.
“Agora existe uma determinação do governo cubano de não haver atrasos nos pagamentos”.
No passado, algumas empresas sofreram com atrasos, como a JBS.
“Cuba não tem um centavo de inadimplência com o Brasil hoje”, diz o embaixador do Brasil em Cuba, Cesário Melantonio Neto.

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