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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mantega não vê semelhança com confisco da poupança em 1990



Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (3) não ver "qualquer semelhança" entre as medidas anunciadas pelo governo para a caderneta de poupança e o confisco em 1990, no Plano Collor, da ex-titular da pasta, Zélia Cardoso de Mello, que espalhou pânico na população brasileira.
"Eu não vejo qualquer semelhança. Garantimos todos direitos, regras e vantagens. Quem tem hoje dinheiro na poupança, pode fazer o que quiser. Pode retirar, alterar aplicação. Não há nada que tenha a menor semelhança com isso. Todos direitos estão sendo garantidos para os poupadores", declarou Mantega a jornalistas.
No plano Collor, de 1990, 80% de todos os depósitos das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem NCz$50mil (Cruzado novo) foram "congelados" por 18 meses. Durante este período, os poupadores receberam uma rentabilidade equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano. Em 2008, Zélia Cardoso disse que o 'pragmatismo' guiou Plano Collor.
Nesta sexta-feira, o governo anunciou que a remumeração da caderneta de poupança passará a ser atrelada aos juros básicos da economia brasileira. A decisão foi de que a poupança passe a render 70% da taxa Selic, que é fixada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, mais a variação da Taxa Referencial (TR).
A regra vale a partir desta sexta-feira (4), para novos depósitos, mas será aplicada somente quando os juros básicos recuarem para 8,5% ao ano, ou abaixo disso. A aplicação continuará isenta do Imposto de Renda (IR). O objetivo é possibilitar uma queda maior dos juros básicos da economia brasileira.
FONTE G1

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