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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cresce número de homens diabéticos em todo o Brasil


 Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde indica um aumento de casos de diabetes entre homens no País. O percentual passou de 4,4% para 5,2% entre 2006 e 2011. Apesar do crescimento registrado no grupo, os números apresentados pela população feminina ainda são maiores: 6% dizem ter a disfunção. O trabalho, feito por meio de entrevistas telefônicas com população acima de 18 anos nas capitais e no Distrito Federal, indicou que a incidência de diabetes é de 5,6% - um número que se mantém estável ao longo dos últimos seis anos.
Alex RégisO teste de glicemia é uma das formas de descobrir precocemente a doença e iniciar o tratamento
O teste de glicemia é uma das formas de descobrir precocemente a doença e iniciar o tratamento

A coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Débora Maltha, atribui o aumento de casos no grupo masculino a dois fatores: o crescimento da obesidade e ao maior acesso de homens ao diagnóstico. Considerada um problema de saúde, a diabetes está associada ao excesso de peso, sedentarismo e tabagismo. A doença pode levar a problemas cardíacos, vasculares, oculares e renais. "Nossa meta principal não é reduzir a incidência da doença, mas reduzir a mortalidade associada a ela", afirmou Débora. A projeção, de acordo com ela, é de aumento no número de casos de diabetes entre brasileiros, principalmente por causa do envelhecimento da população.

O risco da doença aumenta com passar dos anos. O estudo divulgado nesta quarta-feira mostra que 0,6% da população de 18 a 24 anos tem diabetes. O porcentual vai aumentando nas faixas etárias maiores até chegar a 21,6% entre a população com 65 anos ou mais.

A mortalidade associada à doença é crescente. Em 2006, eram registradas 24,1 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2010, essa relação passou para 28,8. Nesse mesmo ano, foram registradas 148 mil internações relacionadas à diabetes. "Além do sofrimento, a doença representa um fator importante de pressão nos custos do sistema público de saúde". Em 2011, foram gastos R$ 87,9 milhões com internações de pacientes com complicações da doença.

Dados preliminares indicam que internações em 2011 tiveram uma discreta queda em relação a 2010. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o fenômeno pode estar associado à distribuição gratuita de medicamentos para combater a doença, prevista no programa Aqui tem Farmácia Popular, lançado ano passado. Assim como outras doenças não transmissíveis, o risco de diabetes é maior entre população com menor escolaridade. O trabalho feito mostra que entre a população com zero a oito anos de estudo, 7,5% têm o problema. Entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo, esse indicador cai para 3,7%. 

Anvisa vai apoiar pesquisa sobre causas do câncer

Brasília - A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai apreciar, hoje o termo de cooperação que deverá ser firmado com o Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer para detectar possíveis vinculações de casos da doença com a presença de agrotóxicos nos alimentos. O presidente da agência reguladora, Dirceu Barbano, disse em audiência pública na Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados que a definição sobre o assunto "é muito importante, pois há muita polêmica em torno da questão e, sempre que o assunto é abordado pela agência, ela é muito questionada".

Barbano também falou sobre outras questões polêmicas que estão no âmbito da agência. Ele defende, por exemplo, que o consumidor tem o direito de saber quais os teores de açúcar e de gordura presentes nos alimentos. Como a questão está na Justiça, a Anvisa tem dificuldade de fazer valer a normatização sobre o assunto. Barbano alertou que o consumo em excesso de açúcar está deixando as crianças obsesas.

Outro ponto em discussão na audiência pública foi a disseminação do crack no país. Para ele, a comunidade terapêutica "pode dar grande contribuição para conter a epidemia que acontece atualmente com o uso do crack, que impõe desafios à sociedade e que todos os brasileiros se engajem" para reduzir essa prática.

A agência também quer entrar na discussão sobre a propaganda de bebidas alcoólicas. Para Barbano, esse é "outro problema sério enfrentado" pelo órgão regulador da área da saúde. Segundo ele, a agência tem estrutura para atuar no controle e monitoramento da propaganda, desde que haja autorização legal para isso. A partir do próximo ano, a Anvisa terá diretorias orientadas para atuar nessa área. Dirceu Barbano quer o apoio dos parlamentares para aperfeiçoar os mecanismos de controle da propaganda de bebidas alcoólicas.

fonte: tribuna do norte

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