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sexta-feira, 4 de maio de 2012

56% dos japoneses preferem ficar na internet a fazer sexo. No Brasil, índice é de 12%.


O brasileiro gosta mesmo de internet. Pesquisa divulgada hoje pela Google revela que seis a cada dez pessoas no Brasil trocariam o café pela web. Outros 59% abririam mão do chocolate por um tempo na rede. E mais: uma parte (12 %) deixaria o sexo de lado para ficar navegando na web por um ano. Adriana Noreña, diretora da Google para América Latina, explica que a web ganha cada vez mais valor entre os usuários, substituindo coisas tangíveis.
— A internet ganha espaço no dia a dia, e em qualquer momento do usuário. Só no caso dos celulares, são mais de 800 mil ativações diárias do Android (sistema operacional móvel da Google) no mundo. E a Google vai estar sempre onde estiver o usuário — disse Adriana.
O estudo apesentado pela Google foi feito pela Boston Consulting Group. O levantamento mostra ainda que 8% das pessoas no Brasil preferem ficar na internet a ter de tomar banho. Na China, por exemplo, esse percentual sobe para 37%. No caso do sexo, o número é elevado: 36% dos chineses preferem a internet. Café e chocolate também estão em baixa. Lá, 85% e 82%, respectivamente, querem navegar na web em vez de consumir as bebidas.
Jorge Becerra, diretor da consultoria, diz que a internet ganha relevância para as economias. No estudo, ele ressalta que no Brasil os negócios oriundos da rede, como investimentos de empresas, governos e comércio exterior, já representam 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Para 2016, com o impulso de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, o número vai saltar para 2,4%. Será um avanço de 11,8%.
— Os eventos esportivos vão elevar o investimento em rede. Mas hoje há uma dificuldade em se fazer negócios na rede no país devido à carga tributária elevada. Por isso, é mais fácil abrir empresas on-line em lugares como Taiwan (Formosa), Turquia, Chile, Malásia, Marrocos e México. Mas isso deve mudar nos próximos anos justamente porque o mundo vai estar voltado para o Brasil, por conta dos eventos esportivos. Com isso, haverá uma pressão maior por redução de carga tributária — afirma Becerra.
No estudo da Boston, comportamentos de outros países foram estudados. Na França, 42% deixariam a academia de lado para ficar na web. Sexo: 16%. O banho deixaria de ser tomado por 5%. Na Alemanha, 77% deixariam de tomar bebida alcoólica e 16%, sexo. Na Índia, 38% nao comprariam um carro e 33%, sexo. Na Indonésia, 78% abrem mão do banho e 34% do sexo. No Japão, 60% deixariam de ir a academias para ficar na web. No caso do sexo, o índice é de 56%, acima dos 17% no caso de tomar um banho. Na África do Sul, 77% trocariam álcool por internet, mesmo percentual para saborear um chocolate. Sexo fica em segundo lugar, em 22%.
A pesquisa comparou 13 países. No caso de deixar tomar banho para ficar na web, o Brasil apresentou um dos menores percentuais, na frente apenas de Estados Unidos (7%) e França (5%). A China teve o maior índice, com 37%. Deixar de fazer sexo teve no Brasil o menor índice em relação a todos os países. O mais próximo foi na Rússia, com 15%. Na liderança do ranking, está o Japão, com 56%.
Fonte: O Globo

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